Bolo de Palito

Tinha vontade de fazer esses bolinhos, e como meio que sobrou bolo do meu fracasso postado há alguns dias, resolvi fazer, já que para fazer primeiro esfarelamos um bolo, depois adicionamos brigadeiro, não muito, usei menos da metade para um bolo pequeno, e foi o suficiente para conseguir modelar os bolinhos. 


Daí foi só passar o palito no chocolate fracionado e levar par gelar (para prender o palito no bolo). Então passar a cobertura, usei chocolate branco, rosa (apenas tingido com corante), meio amargo fracionado; pasta americana que tingi em três cores: verde, amarelo e roxo; além de confeitos coloridos, prateados, etc. 


Ficaram muito gostosos, e bonitos, mas não gostei muito da pasta americana, apesar de fácil de fazer, ela só modela quente, depois que esfria fica muito dura, daí tem que ficar aquecendo no microondas, o máximo que deu para modelar foi esse sapinho. 


A receita da pasta americana foi a seguinte:
7 colheres de sopa de água;
1 pacotinho de gelatina sem sabor;
2 colheres de sopa de xarope de glucose;
2 colheres de sopa de manteiga forno e fogão (com 80% ou mais de lipídeos);
2 colheres de chá de essência de amêndoas ou de baunilha branca;
Açúcar impalpável (o quanto baste para dar o ponto);
Corante em gel de sua preferência de cor. 

Aqueça as sete colheres de sopa de água em um bowl e coloque em banho maria, e adicione então a gelatina de vagar para não deixar empelotar. Depois da gelatina ter sido dissolvida adicione a glucose, e depois desta ser dissolvida coloque a manteiga, e a essência (usei de baunilha). Agora em outra vasilha coloque uns 700 g de açúcar impalpável (açúcar com amido de milho), coloque então o líquido preparado com gelatina, mexendo com uma colher até formar uma farofa pegajosa. Então joquei açúcar impalpável em uma superfície e comece a sovar a massa ali, adicionando sempre que preciso açúcar impalpável até que a pasta se desprenda da mesa, sem ficar muito seca. É nessa hora que se adiciona o corante, no meu caso, dividi a masse em 3 e colori separado, então depois de bem sovada é só abrir a massa e cobrir o bolo ou nesse caso nossos bolos de palito. 





Ficaram ótimos, e todos adoraram, até ganhei uma encomenda (gratis) para o niver da Larinha filha da prima do meu namorado. Muito bom!

Queijo Minas Frescal


Resolvi fazer queijos depois que vi uma matéria sobre queijos na revista gula do mês passado. Então pensei em começar com esse, que é bem simples por sinal, tirando é claro, a falta de experiência.

Converti a receita para uma quantidade pequena:

2,5 litro de leite;
1 ml de coagulante quimase;
1,5 ml de cloreto de cálcio (só consegui achar no site queijos do Brasil).


Como comprei leite cru tive que pasteurizar, seguindo as instruções do site, que dizia para deixar o leite na temperatura de 65°C por 20 minutos e depois resfriá-lo para 36°C. Demorou um pouco para conseguir resfriar mas deu certo. A essa temperatura, adicionar o cloreto de cálcio e mexer bem, depois o coagulante e mexer mais.  Agora deixar de um dia para o outro até formar uma coalhada lisa (na receita manda deixar 30-40 minutos mas não acontece nada e algumas pessoas que conheço que fazem queijo disseram para eu deixar a noite todo, e deu certo).
Depois disso cortar a coalhada fazendo quadradinhos de 3 cm de diâmetro, deixar repousar por 5 minutos e começar a mexer com cuidado em forma de círculos (nesse momento é para o soro ir se separando mais e a massa ir se firmando). O ponto do queijo ocorre depois de uns 20 minutos do corte, quando a massa pesa e se deposita no fundo. Então é só retirar a massa com a ajuda de uma concha e ir colocando na forma própria, como não tenho forma fiz com o pano de prato, mas cuidado tenha certeza que ele esteja limpe e desinfetado. Deixar o queijo ir se acomodando e virar para a outra forma ou usar o pano para moldar como você quiser. Lá na receita fala para por o sal em cima que o queijo vai absorvendo, depois gelar o queijo e está pronto para servir. Eu fiz um pouco diferente, pois deixei ele meio que maturando por uns 10-15 dias com o soro no meio do queijo por que eu queria deixar ele mais molinho no centro como o que tinha visto na revista e eles tinham dado essa dica. 


Pois bem, e não é que ficou bom?! Gostei bastante e olha que queijo fresco não é meu forte, e nem romeu e julieta e achei uma delícia com goiabada. Ficou bem macio por dentro e com textura cremosa na boca. 




Ainda fiz outro queijo (esse aí de cima) mas esse era para ser provolone mas fiquei esperando dar o ponto da filagem por dois dias e nada, daí fiz minas frescal mesmo, a diferença nele foi que também vai fermento lácteo, 3 g. Além disso ele ficou bem duro, mas com sabor parecido com o outro, bem leve e cremoso na boca. Outro dia tento de novo o provolone, ainda tenho que descobrir onde errei.


Bjus

Bomba de chocolate

Eu e minha mãe sempre fomos apaixonadas por essas delícias. Cresci comendo a versão daquelas pequeninhas, que minha mãe comprava quando estava chegando em casa, na Padaria Avenida, lá de Cruzeiro. Resolvi matar a minha vontade e faze-las:
a massa que deu errado

para a massa
120 ml de leite integral;
120 ml de água;
110 g de manteiga;
5 g de açúcar;
140 g de farinha peneirada;
5 ovos.
Deixar o forno preaquecido em 180°C, e ferver o leite com a água a manteiga o sal e o açúcar. Tirar do fogo e acrescentar a farinha de trigo de uma só vez, depois ir misturando e incorporando por um minuto sobre o fogo. Acrescentar então os ovos em duas adições, misturando delicadamente com a espátula. Agora é só usar o saco de confeitar com o bico nº 8 e uns 13 cm de comprimento. Levar para assar por 25 minutos (bom a receita diz isso, mas quando segui, minhas bombas murcharam todinhas, então fiz a receita de novo, e deixei quase uma hora, e não é que deu certo, então isso é um aviso, depende de forno para forno).


para o creme de confeiteiro
250 ml de leite integral;
60 ml de creme de leite fresco;
65 g de açúcar;
3 gemas de ovos (60g);
40 g de farinha de confeiteiro;
90 g de chocolate picado.


Esse creme eu usei os ingredientes que o livro mandava mas fiz do jeito que aprendi no curso. Bater as gemas, o açúcar, a farinha, e o creme de leite fresco na batedeira até ficar cremoso. Esquentar o leite até ferver e ir acrescentando a mistura de gemas lentamente e misturando bem. Continuar a mexer até engrossar. Ainda quente colocar o chocolate picado e mexer bem até derreter. Para esfriar sem juntar casca, é preciso ficar mexendo também. 


para o toque final
150g de chocolate picado
40g de óleo vegetal


Derreter o chocolate e acrescentar o óleo, misturar muito bem. 


Agora é só montar. Primeiro fazer três furos com o bico de confeiteiro nº 7, em baixo das massas retiradas do forno. Usando esse mesmo bico colocar o creme de confeiteiro no saco de confeitar e aplicar nos furos feitos um pouco de creme. Depois para finalizar passar a parte de cima do doce no nosso toque final e pronto. Fica delicioso, mas é importante lembrar que é para ser comido no dia, pois a massa murcha de um dia para o outro e não fica tão crocante. Olhem como ficaram lindos:



Essa receita eu tirei do livro Delícias de chocolate, do Jean-Paul Hévin. Ficaram muito bons, mas no dia seguinte já não estavam tão saborosos. Achei em outro livro que o nome dessa massa é Pasta Choux, e que ela frita é o churros americano. Na frança esses doces de chamam Éclairs, que significa relâmpagos, e os nossos tem o nome de Bomba, ambos remetendo que quando damos a primeira mordida o doce meio que estoura. É isso por hoje e até mais

Bolo de Anjo

Nunca tinha ouvido falar, encontrei no livro Todas as Técnicas de Culinárias do Le Cordon Bleu, e dei mais uma pesquisadinha na net, e descobri que é servido geralmente com chantitly e morangos. Além disso é claro, vamos a alguns comentários sobre o bolo, que na verdade é feito a base de claras, e por isso fica extremamente  leve, por isso o nome bolo de anjo.

12 claras (aprox. 350ml)
1 e 1/2 colher de chá de cremor tártaro
280g de açúcar
85g de farinha de trigo peneirada
25g de amido de milho 
1 colher de chá de baunilha. 

Vamos lá, é só bater o cremor tártaro com as claras até dar aquela consistência de merengue, depois misturar aos poucos a farinha  junto com o amido de milho, depois despeje a massa na forma de bolo de anjo sem untar, novele a superfície e asse imediatamente, por uns 50 minutos na temperatura de 175°C. Retirar a forma de forno e deixar o bolo esfriar com a forma de cabeça para baixo para ele não encolher nem perder a forma. 
No meu caso, não tenho essa forma que tem furo no meio, e fundo removível, então dando mais uma pesquisadinha na net encontrei algumas dicas, o bolo pode ser feito e forma de bolo inglês, com papel manteiga no fundo para ajudar a soltar, ou com forminhas de muffins/cupcakes, etc. Ficam umas gracinhas, eu enchi bem as forminhas e elas cresceram bastante, e fica realmente bem levinha com um sabor no final que lembra suspiro. 
Primeiro segui a dica de servir com chantily e morango, depois cada um que ia comer aqui em casa acrescentava um ingrediente, chocolate derretido, creme de confeiteiro de chocolate, e até bola de sorvete de creme. Enfim, ficou bom com tudo que experimentamos, e com todos juntos também. 
Bjus

Aqueles dias, nos quais, não devíamos ter entrado na cozinha


Assim, foi o dia de hoje. Está certo, não foi o dia inteiro que foi ruim, mas, pelo menos, a noite toda. Vamos nos focar, neste post, nos acontecimentos dessa noite, em outro falarei acerca da aula que tive de manhã (a qual foi ótima).

O que não deu certo hoje? Bom vamos começar pelo pão de ló (do meu Gâteau des Deux Pierre, receita que tirei do livro Todas as técnicas culinárias do Le Cordon Bleu), o qual, para começar, deveria ter rendido 6 porções, mas deu apenas três (e isso com muito esforço), além disso, como não tinha forma, tentei improvisar uma, mas foi um desastre, então, além do pão de ló dar errado o mousse acabou indo por água abaixo, e as fitas de chocolate que deveriam cobrir o Gâteau, se quebraram todinha, olhe na foto abaixo o que virou. Horroroso! Foi assim que ficou!



Além disso, tentamos fazer bolo de bombom (a receita passou no programa Dia a Dia da Band) e isso gerou outro desastre, também não tínhamos forminhas, mas essa até queria ter comprado, mas a Sandrinha (minha sogra) tinha dito que era preciso ser as de silicone (a quais são bem caras), mas na verdade descobri que serviam as plástico comum (mas soube disso tarde demais). De qualquer jeito, quando fui cobrir com chocolate quente, o recheio começou a derreter e tudo ficou "desbugalhado", como pode ser visto na foto abaixo.


Mas a coisa não parou por ai. Depois disso tudo ter dado errado, eu possuía nove gemas (do Bolo de Anjo feito ontem) e como tinha de usá-las resolvi fazer Doce de Braga (receita que saiu na revista Gula de Agosto, na matéria sobre doces portugueses), mas acho que não dei o ponto certo na calda de açúcar (ou quem sabe foi outra coisa? Hoje não estou boa para afirmar nada. rs), pois ficou mole e desandou também, a foto está aí para mostrar que não estou mentindo.


É uma droga quando as coisas dão errado, mas não desisti (vocês vão ver), ainda vou conseguir fazer esses bolos e o doce. Quer saber porque abri esse post com a foto daquele copo? Porque foi a única coisa que deu certo, a minha raspadinha de morango (estava doida de tanto doce e bem cansada por causa de tudo, o que me gerou uma grande sede, a qual resolvi matar com uma super raspadinha, simples de fazer e com pouca possibilidade de dar errado).

Então, vamos encerrar esse post ao som de Bad Day, na versão de Alvin e os Esquilos. 



Bom é isso, espero que amanhã as coisas consigam ir melhor. Bjus e até lá.

Cerveja Amanteigada - Harry Potter: três versões

Quem é fã de Harry Potter, ou ao menos curte ver os filmes, vai lembrar da famosa Cerveja Amanteigada que os bruxos bebiam nos pubs Cabeça de Javali e Três Vassouras. Bom, eu faço parte dos que curtem a série, e fiquei feliz em tentar algumas receitas dessa famosa cerveja. Não sei qual é servida no parque do Harry, mas tentei essas que achei na internet.
Encontrei três receitas diferentes e irie fazer as três. Começarei com a mais interessante ao meu ver, apesar de ter ingredientes estranhos.  Essa receita é adaptada de um livro de 1594, “The Good Huswifes Handmaid for the Kitchin”, da dinastia dos Tudors  na Europa, a chamada butterbeer. Para a surpresa dos fãs e até a autora a cerveja amanteigada já existia.

1,5 l de ginger ale caseiro (ver receita em post anterior)/ ale inglês;
¼ de colher de chá de gengibre ralado;
½ de colher de chá de noz-moscada;
½ de colher de chá de cravo ralado;
5 gemas;
200 g de açúcar mascavo;
120 g de manteiga sem sal em cubos.


Bom apesar de dar medo esse negócio de ir gemas nisso, comecei a fazer esquentando o ginger ale mais o gengibre ralado, a noz moscada e o cravo, em uma panela. Caso vocês queira fazer de ale inglês que é cerveja mesmo, não cozinhe por muito tempo senão o álcool evapora. Já no meu caso, fiz com o ginger ale, que é meio que um refrigerante.  Em uma batedeira bater o açúcar mascavo com as 5 gemas, até ficar cremoso. Colocar na mistura de ginger ale, mexendo rápido, deixar o fogo baixo e mexer por 3 minutos. Agora é só tirar do fogo e adicionar a manteiga e mexer com um mixer ou um batedor de claras em neves manual, isso faz com que a espuma fique mais macia. Deixar esfriar a temperatura ambiente (deixei uma noite inteira) e servir em canecas de cerveja.

Agora vamos ao que eu achei, a aparência ficou perfeita, mas vamos ser sinceros, é bem estranho o sabor. Nada imbebível, mas muito forte. O gengibre aparece mas nem é o mais forte, a combinação que fica carregada, não dá para distinguir que tem noz-moscada, eu pelo menos não consegui, nem o povo daqui que tomou, já o fato de ir manteiga é bem nítido pois fica bem gordurosa.. Não sei se essa impressão está sendo parcial devido a minha cultura brasileira, que venhamos e convenhamos, tem um paladar um diferente do da Europa em algumas coisas; ou se é porque é ruim mesmo. Na receita não manda tomar gelado, mas fica bem melhor, mas por bem melhor, não significa gostoso. 

Agora as próximas duas receitas são mais gostosas, a primeira eu encontro na internet como sendo a original do filme/parque (não posso afirma qual é a original, é uma dúvida cruel), mas se é ou não faço ideia.


470 ml de sorvete de baunilha 
4 colheres de sopa de manteiga
200 gramas de açúcar mascavo
2 colheres de chá de canela
1/2 colher de chá de noz moscada
1/4 colher de chá de cravo em pó
600 ml de cidra de maçã

Essa é bem fácil. Misture manteiga, açúcar e temperos em uma tigela grande,  misturar com o sorvete e deixe congelar.  Agora é só aquecer a cidra em uma panela por 3 minutos (use fogo baixo para evitar que ferva) e com uma colherada generosa da mistura com sorvete encher cada copo ou xícara, e derramar a cidra aquecida, daí vai espumar bastante. E pronto! Esta pronto nossa cerveja amanteigada. Fiz meio que duas versões dessa, uma com espumante de uva, e outra com cidra, ambas sem álcool. A com o espumante de uva, ficou mais forte, achei melhor a com cidra mesmo, fica mais suave. É uma bebida quente que contrasta um pouco com a espuma que fica mais fria. Agora sim, uma Cerveja Amanteigada boa!


Agora vamos para a receita mais simples e que menos parece uma cerveja, na verdade tem mais cara de milkshake ou algo do tipo por isso a segunda parece melhor, é forte mas gostosa.


250g sorvete de baunilha
2 colheres (sopa) de manteiga (ou margarina)
8 colheres (sopa) de cobertura de caramelo
2 copos de leite

É só derreter a manteiga no microondas, e bater junto com todos os ingredientes no liquidificador por 3 minutos. Sirva a seguir. 


Depois de experimentar as três cheguei a conclusão de que prefiro mesmo a segunda, mas ao fazer a terceira tive uma ideia: fazer a segunda sem esquentar a cidra, só batendo ela e o sorvete temperado no liquidificador. E não é que ficou bom, assim prefiro mesmo a segunda, e prefiro mais ainda se for a gelada, talvez isso seja por que ta um calor aqui, mas de qualquer forma é a que voto.


Gastronomia do Norte do Brasil (parte II): receitas salgadas

Continuando as receitas do norte, mas agora partindo para as salgadas, vamos começar com uma sessão de pirarucu (que por dificuldade de ser encontrado foi substituído por dourada). Comecemos com o bolinho de pirarucu:

½ Kg de pirarucu;
250 g de batatas cozidas;
1 cebola picada;
2 dentes de alho picado;
300 g de tomate picado;
½ xíc. de chá de salsa e cebolinha picadas;
3 colh. sopa de amido de milho;
3 gemas;
3 xíc. de chá de leite;
óleo, farinha de trigo e pimenta-do-reino  QB.

Primeiro cortar o peixe em pedaços pequenos e leve para ferver por alguns minutos; escorrer e deixar amornar; desfiar; dourar a cebola e o alho no óleo, juntar os tomates, a salsa e a cebolinha e deixar refogar; adicionar o pirarucu, as batatas amassadas e mexer por uns 5 minutos; a parte, dissolver o amido de milho e as gemas no leite frio; despeje sobre o pirarucu e cozinhe em fogo brando, sempre mexendo. Pronto, agora é so fazer polinhos pequenos empanando na farinha de trigo e fritar em óleo bem quente. Servir com pimenta e limão.


Agora as iscas de pirarucu:

½ Kg de pirarucu fresco;
suco de 1 limão;
sal e pimenta-do-reino a gosto;
2 dentes de alho amassados;
farinha de trigo para empanar;
óleo p/ fritar.

É bem simples: cortar o pirarucu em tirinhas, temperar com o suco de limão, sal e pimenta a gosto e o alho e deixar “de molho” por 30 minutos. Escorrer bem o peixe, empanar com farinha de trigo e fritar em óleo quente. Sirvir a seguir.

A última receita desse trio fantástico de pirarucu, pirarucu de casaca:

½ Kg de pirarucu;
¼ de xícara de chá de azeite de oliva;
3 cebolas ( 1 picada e 2 cortadas em rodelas);
2 pimentões verdes ( 1 picado e 1 cortado em rodelas;
3 tomates (1 picado e 2 cortados em rodelas);
3 colheres de sopa de cheiro verde picado;
1 colher de sopa de coentro picado;
sal e pimenta-do-reino;
250 g de cará;
¼ de xícara de chá de óleo;
3 bananas-da-terra cortadas em rodelas;
50 g de azeitonas verdes sem caroço;
1 ¼ xícaras de chá de leite de coco.

Colocar o pirarucu numa panela, acrescentar água até cobrir e leve ao fogo deixando ferver por alguns minutos e escorrer, desfiar a carne; Aqueçer o azeite e refogar a cebola, o pimentão e o tomate picados, o cheiro verde, o coentro, sal e pimenta a gosto; Juntar o pirarucu desfiado, mexendo bem. Reservar.
Cozinhar o cará, cortar em fatias e temperar com sal. Agora é hora de fritar as bananas, mas não é para deixar eles muitos escuras (o que aconteceu com a que fizemos).
Hora da montagem: em uma forma refratária, colocar uma camada de cará ao fundo, uma camada de pirarucu por cima, outra de cebola, de pimentão, de tomate e uma de azeitona. Repetir esse processo até acabarem os infredientes. Cobrir agora com a banana frita e regar com leite de coco. Assar a temperatura média até dourar.

Usando agora o jambu famos fazer o arroz de jambu (para variar sem jambu, usamos agrião no lugar)

1 maço de jambu;
Sal;
2 colheres de sopa de óleo;
3 dentes de alho amassados;
1 cebola picada;
½ Kg de arroz, lavado e escorrido.

Lavar bem o jambu, colocar em uma panela com água e sal, e levar ao fogo até ferver. Depois disso lave e escorra e reserve a água. Pique o Jambu e reserve também. Agora é preparar o arroz, aquecendo 1 colher de óleo e fritar 2 dentes de alho amassados com ½ cebola picada. Adicionar o arroz, o sal, e refogar. Juntar a água do jambu e deixar cozinhando em fogo baixo até ficar soltinho.  Em uma outra panela, aquecer 1 colher de sopa de óleo, e fritar 1 dente de alho amassado e ½ cebola picada. Adicionar o jambu e o arroz cozido, misturar bem, e está pronto para servir. Fica gostos, mas o sabor do jambú que é o que é o charme do prato, faltou.

Bolo de carne moída e banana- da- terra, pelo menos aqui teve banana da terra por que o purê da receita abaixo, foi para os ares...

 1 ½ xícara de óleo;
8 bananas-da-terra médias cortadas em fatias finas no sentido do comprimento;
1 colher (sopa) de manteiga;
500 g de coxão mole moído;
1 cebola grande picada;
4 dentes de alho amassados;
150 g de bacon cortado em cubos pequenos;
1 pitada de pimenta calabresa;
1colher (sopa) de vinagre;
1 pitada de sal;
4 ovos levemente batidos;
Forma de abrir de 24 cm de diâmetro untada com manteiga e polvilhada com ¼ de xícara de açúcar mascavo.

Deixar o forno aquecido em alta temperatura. Numa frigideira grande, em fogo alto, aqueçer o óleo e fritar a banana aos poucos por 15 minutos ou até ficar dourada. Deixe escorrer sobre papel toalha. Reserve. Numa panela grande, em fogo médio, derreter a manteiga. Juntar a carne moída, a cebola, o alho, o bacon e a pimenta calabresa. Refogar, mexendo de vez em quando por 15 minutos ou até a carne ficar solta e todo o líquido evaporar. Adicione o vinagre e o sal e misture bem. Reserve.
Em um refratário, forrar o fundo e a lateral da forma com metade das bananas sem deixar espaços. Reservar. Misturar a carne reservada com os ovos batidos e distribuir na forma, Pressionando ligeiramente com as costas de uma colher. Cubrir com a banana restante. Leve ao forno por 30 minutos ou até dourar bem. Deixe esfriar um pouco, desenforme e sirva. Apesar de todo mundo achar meio estranho banana com comida, eu gosto, na verdade é uma das poucas frutas que gosto assim.

Surubim com purê de banana- da-terra, purê que não existiu

 450 g de filés de surubim;
1 colher (sobremesa) de suco de limão;
1 colher (sobremesa) de coentro picado;
sal e pimenta-do-reino a gosto;
1 xícara de farinha de trigo;
1 colher (sopa) de óleo.

Temperar o peixe com o limão, o coentro, sal e pimenta. Passar os filés na farinha de trigo. Fritar os filés, em uma frigideira, até dourarem dos dois lados.

para o molho
½ maço de espinafre;
½ cebola picada;
azeite, sal, alcaparras, alho picado, vinagre e limão a gosto;
½  xícara de coentro;
½  xícara de cebolinha verde.

Lavar e escorrer o espinafre, e colocar em uma panela. Tampe e leve ao fogo por cinco minutos ou até as folhas murcharem. Retire e esprema ligeiramente. Pique e reserve. Refogar a cebola no azeite até ficar macia. Adicionar o espinafre e refogar por um minuto. Temperar com sal. Agora retire do fogo e deixe esfriar. Acrescente os demais ingredientes e misture. Fica um molho meio seco, mas é assim mesmo.

para o purê
3 bananas-da-terra maduras (com casca);
½ xícara de leite fervido.

Cortar as extremidades das bananas, mantendo a casca. Em uma panela colocar as bananas e cubrir com água, levando ao fogo alto por 20 min. ou até ficarem macias. Agora escorra, descasque e coloque-as, ainda quentes, no liquidificador. Juntar o leite e bata até obter um purê.


Colocar em pratos individuais um filé do peixe coberto com o molho frio de hortaliças. Ao lado, uma porção de purê.  E fim! Fica gostoso, foi o que todos disseram, mas eu não comi, pois o surubin foi substituído por dourada, e não como esse tipo de peixe.
É isso, essa foi a ultima receita que fizemos da região norte. Todas as receitas postadas aqui como da região norte, foram retiradas da apostila da professora Rita.
Bjus

Gastronomia do Norte do Brasil (parte I): história e receitas doces

Não sei se é apenas a minha opnião, mas a gente passa a vida comendo, bebendo e é como se “isso” fosse tudo que existisse em questão de comida, ou pelo menos a base da nossa alimentação parece sempre ser a mesma. O mais incrível desse erro é que não precisamos sair do pais (apesar de que, com o tamanho do Brasil, e do Norte, é como se fosse um outro pais) para descobrir uma diferença grande dessa base alimentícia.

A influência indígena foi predominante no norte e se caracteriza por ter como base alimentar peixes, frutos e vegetais que são encontrados só na região (isso tanto é verdade que fizemos no curso Pirarucu de casaca, sem pirarucu; arroz de jambu, sem jambu; bolo de carne moída com banana-da-terra, sem banana-da-terra; surubin com purê de banana-da-terra, sem surubin e banana da terra). É claro, entretanto, que existem algumas iguarias que caíram na graça do povo, e que se tornaram conhecidas por todo o Brasil e até fora dele. A mandioca é um exemplo disso, juntamente com a farinha feito a partir desta, e na verdade essa herança é indígena, que não só nos legou a mandioca, mas o milho e o feijão também.



Apesar dessa dificuldade de encontrar os produtos amazônicos em outras regiões a mandioca o milho e o feijão, ultrapassaram as fronteiras, e não foram só eles. O Açaí e o cupuaçu, frutos da região, também caíram nas graças dos brasileiros e até de estrangeiros, que descobriram no cupuaçu uma iguaria parente do cacau, e muito utilizada para fazer doces, sorvetes, picolés, sucos, licores, bombons, e até o cupulante que na verdade é semelhante ao cacau, não só na sua essência, mas no sabor, textura e odor também.
A ênfase dada na influencia indígena se deve ao fato de que diferente da maioria dos outros estados brasileiros que tiveram forte influencia dos portugueses e escravos africanos em sua culinária, o norte teve muito pouca. Sendo assim existem na verdade técnicas, ervas, vegetais usadas/conhecidas pelos povos indígenas usados a séculos e séculos, e até antes da então “descoberta do Brasil”. E algumas das receitas famosas amazônicas se devem a esse conhecimento quase milenar, que trouxe, por exemplo, o tucupi que é um caldo extraído da mandioca brava e é venenoso. Por isso ao ser processada precisa uma espécie de prensa chamada tipiti, e que espreme um caldo amarelo que depois tem que ser fervido para poder ser consumido. Esse caldo é ingrediente indispensável, por exemplo, pelo tacacá e o pato no tucupi.

Tacacá

Outras propriedades interessantes são as do jambu e do agrião-do-pará, que causam dormência e até um pequeno tremor nos lábios. Ambas as ervas são usadas como medicinais também como anestésica, diurética, antiasmática. Os dois pratos mencionados acima feitos com o tucupi também levam essas ervas.  Apesar disso os índios não consumiam muitos legumes ou verduras, por não serem bons como fazendeiros e afins. Sendo assim consumiam as caças e a frutos abundandes na região. Isso acabou trazendo uma infindável descoberta de frutas, que os batanicos tem uma séria dificuldade de estimar tantos os tipos quanto a quantidade presente na mata amazônica. Tem o biribá, bacuri, ingá , murici, uxi, buriti, sapucaia e por ai vai.

Jambu
Existem algumas receitas que são muito famosas. Entre elas, além das mencionadas bem acima (as quais eu descreverei aqui), tem a maniçoba, que é na verdade um tipo de feijoada feita com folha de mandioca no lugar do feijão; o tacacá que é feito a partir de camarões, goma, jambu e pimenta; o filhote (peixe de até 20 kg consumido quando jovem) ao molho de tucupi e jambu; a costela de tambaqui, que na verdade é a espinha do peixe, que também tem um segredo todo especial, que é colocar a pele do peixe virado para baixo na grelha para a gordura derreter e dar um sabor inigualável ao peixe.


E não para por ai, ainda tem alguns daqueles pratos que causam grande estranhesa nas pessoas de fora da região, como miúdos de tartaruga, ensopados, assados, enfim, de todo o jeito possível; o turu (que me parece bem nojento( que´parece um tipo de lombriga branquinha e leitosa, que é encontrada dentro de troncos de árvore podres, é muito utilizado para fazer o caldo de turu, ou é comido cru com gotas de limão e sal; e o aviú, um tipo de camarão extremamente pequeno, usado em um simples omelete.

Na área dos doces o Norte não fica fraco não, são feitos sorvetes, compotas, cremes das diversas frutas regionais. Pois bem , e como sou apaixonada por doces (se você é leitor do meu blog já deve ter percebido isso devido a quantidade exacerbada de doces em comparação com as salgadas) vou começar descrever as receitas feitas no curso pelo brigadeiro de açaí

1 lata de leite condensado;
100 ml de polpa de açaí;
100 g de chocolate granulado;
1 colher de sopa manteiga;

É tão simples quanto fazer qualquer brigadeiros. Ou seja, é só misturar o leite condensado com a polpa de açaí, levar ao fogo brando mexendo sempre, até a massa se soltar do fundo da panela. Depois disso assar para um prato untado com manteiga e deixe esfriar. Agora é só enrolar com as mãos untadas de manteida e passar granulado nelas. Fica uma delícia!



Agora vamos para dois cremes deliciosos. Vou passar ambos em uma receita só pois só substituir a polpa de fruta pela outra, a de graviola e a de cupuaçu. A professora explicou que o creme não é servido geralmente puro assim, sendo na verdade usado para outras preparações, mas para conhecimento é ótimo, além de ser muito bom mesmo. Principalmente o de cupuaçu, não sei se é porque gosto muito mesmo de cupuaçu ou não, mas o sabor me atrai muito. Bom vamos lá a receita:


300 g de polpa de graviola;
1/2  lata de creme de leite;
 ½ lata de leite condensado.

Bater todos os ingredientes no liquidificador e leve para geladeira. Mais fácil impossível!


Agora uma gelatina de manga geladinha para refrescar:


3 mangas descascadas, cortadas em pedaços;
¾ de xícara de água;
½ xícara de açúcar;
1 pacote de gelatina em pó branca, sem sabor, dissolvida em ¼ de xícara de                  
Água;
½ xícara de creme de leite;
forma de 20 cm de diâmetro untada com óleo;
Primeiro bater no liquidificador a manga com a águ, coar em uma peneira e acrescentar ¼ de açúcar misturando bem. Agora é só seprar uma xícara de manga (para misturar com o restante do açúcar e usar como caldo para servir). Juntar ao restante a gelatina e o creme de leite (caso a gelatinha seja feita sem muito tempo para gelar, pode-se adicionar mais um sache de gelatina, fizemos isso no curso. Ponha o creme na forma e leve para gelar. Então é só desenformar e servir com a mistura de manga com o açúcar por cima. 

Bom, no curso fizemos outros doces também, mas não participei de todas as receitas, aqui estão as que ajudei a fazer. No próximo post colocarei algumas receitas salgadas que fizemos. Bjus e até lá.
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